Se a Bíblia deve ser uma companhia constante de todos os cristãos, por que um mês especialmente dedicado a ela?
"Existe o Dia das Mães, que é só um dia por ano. Mas a mãe da gente é mãe o ano todo, todos os dias e o dia todo, não é? Assim é o mês da Bíblia. Durante 30 dias, vamos dar uma atenção especial à leitura e ao estudo de algum livro da Bíblia, para que ela possa tornar-se cada vez mais nossa companheira de todos os dias.
O Mês da Bíblia nasceu nos anos sessenta, no contexto da renovação da Igreja Católica, época do Concílio Vaticano II, época em que se passava do latim para o português, em que se começava a fazer as celebrações da Palavra e em que se divulgavam as traduções da Bíblia em português.
Nasceu a partir de iniciativa das Irmãs Paulinas que procuravam divulgar a Bíblia e, assim, responder aos desejos de se conhecer melhor a Bíblia. Era, sobretudo, em Belo Horizonte que se promovia o mês da Bíblia que, pouco a pouco, se ampliou e chegou a assumir uma dimensão nacional com o apoio da CNBB.
Setembro foi escolhido por causa da festa de São Jerônimo, que cai no dia 30 do mesmo mês. Ele foi um grande intérprete da Bíblia. Foi ele que fez uma tradução popular da Bíblia, chamada Vulgata.
E o bom do mês da Bíblia é que, a cada ano, um determinado livro é escolhido para ser aprofundado e meditado durante as quatro semanas de setembro."
(Frei Carlos Mesters, Por Trás da Palavra, julho-agosto/2011)
Para este ano, o escolhido foi o livro do Êxodo, precisamente os capítulos de 15 a 18, que falam da caminhada do povo no deserto, após a fuga da escravidão no Egito em busca da terra prometida. Liderados por Moisés, o povo vai descobrindo e se organizando em um novo tipo de sociedade. Nos seus erros e acertos, aquele povo nos mostra uma das lindas imagens de Deus: a do Deus Libertador, que vê e ouve os clamores do povo, que desce e tem a atitude de libertar, caminhando sempre ao lado de seu povo. Esta é a chave de leitura que nos abre toda a Bíblia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário